Durante séculos, a sardinha desempenhou um papel muito importante na cultura alimentar portuguesa. Associada às classes populares, a sardinha era esfregada no pão para aumentar o seu sabor e fazê-lo “durar mais”.
Hoje, a sardinha ainda é um dos peixes mais baratos de Portugal, é muito popular e apreciada por todos. Também é utilizado de diversas formas e tornou-se um símbolo da cultura portuguesa.
COZINHAR A SARDINHA
Em Portugal, a sardinha é tradicionalmente grelhada com bastante sal entre o final da primavera e meados do outono. Para ser grelhado na perfeição, não deve ser salgado antes de ir para a grelha. Deve ser sempre grelhado com as escamas e colocado sobre carvão bem quente.
A sardinha é consumida em grandes quantidades durante as festas dos Santos Populares e perfuma as vilas e aldeias.
Em Portugal, a sardinha também é muito consumida em lata. É conservado em azeite o que permite uma degustação mais simples e rápida, mantendo o seu sabor e suavidade muito particulares.
ARTESANATO E SARDINHAS
Famoso pela sua emblemática andorinha, o artista Bordallo Pinheiro destacou também a sardinha de cerâmica. Hoje é uma peça essencial da cultura portuguesa e está presente em muitos lares. As nossas sardinhas de cerâmica são imaginadas, criadas e pintadas à mão pela Carmen em Lisboa.
Oferecemos também cadernos com desenhos de “sardinha” ou mesmo sardinhas perfumadas feitas pela Liliana em Paços de Ferreira, no norte de Portugal.
Como podem ver, a sardinha é muito apreciada e representada de diferentes formas um pouco por todo o país.
A LÍNGUA PORTUGUESA E A SARDINHA
Sendo uma parte profunda da cultura portuguesa, a sardinha é amplamente utilizada em expressões portuguesas como esta:
“Cada um puxa a brasa à sua sardinha” que representa alguém que procura os seus próprios interesses.
É também muito citado em canções de fado, como nos textos de Amália Rodrigues.