LE 25 AVRIL AU PORTUGAL

25 DE ABRIL EM PORTUGAL

A Revolução dos Cravos, denominada “Revolução dos Cravos, dia 25 de abril” em português, representa os acontecimentos que levaram à queda da ditadura salazarista que dominava Portugal desde 1933. Esta revolução deve o seu nome ao cravo vermelho que os soldados usavam nas casas dos botões e nos canos dos rifles em sinal de mobilização.

A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

O que chamamos de “revolução” começou com um golpe de Estado organizado por soldados radicalizados pela rejeição das guerras coloniais lideradas por Portugal. Este golpe de Estado, apoiado pelo povo português, conduziu a uma revolução que durou dois anos.

Esta revolução tem a particularidade de ver soldados, portadores de projectos democráticos, derrubarem um regime sem estabelecerem um regime autoritário. Foi o início da democratização do Sul da Europa, seguida pela queda das ditaduras espanhola e grega.

A Revolução dos Cravos pôs fim, sem derramamento de sangue, a uma das ditaduras mais longas e retrógradas da Europa. Permitiu a independência das colónias portuguesas em África.

No dia 25 de abril de 1974, às 00h25, a Rádio Renascença, estação de rádio católica portuguesa, transmitiu a canção “Grândola, Vila Morena” proibida pelo regime. Foi o sinal que os jovens soldados esperavam para iniciar a revolução. Orquestrada por cerca de 200 capitães e majores do exército português, a revolta teve como objectivo restaurar a democracia em Portugal, paralisada desde 1933 pelo Estado Novo D' António de Oliveira Salazar, o ditador que governou o país até 1968.

Naquela época, os partidos e movimentos políticos foram proibidos e muitos líderes foram presos ou exilados. A ideia desta revolta partiu de dois oficiais do MFA, um novo movimento cujo verdadeiro objectivo tinha sido escondido das autoridades. A revolta ocorreu muito rapidamente. Após a transmissão da canção, o MFA ocupou vários locais estratégicos do país em poucas horas. Ao amanhecer, uma multidão de cerca de um milhão de pessoas cercava as estações de rádio à espera de informações. A operação surpreendeu Marcelo Caetano (sucessor de Salazar) que renunciou por telefone e se exilou no Rio de Janeiro.

Ao saberem que os militares queriam restaurar a democracia, os portugueses, que tinham de ficar em casa, desafiaram a proibição e começaram a dar cravos aos soldados, que os colocaram na ponta das espingardas.

A promessa da democracia foi cumprida. Em 25 de abril de 1975, um ano após a revolução, ocorreram as primeiras eleições diretas em 41 anos. Um ano depois, a nova Constituição do país entrou em vigor.

A Revolução dos Cravos também permitiu, anos mais tarde, a adesão de Portugal à União Europeia, pondo fim a meio século de isolamento voluntário da ditadura salazarista.

Desde então, um feriado nacional denominado “Dia da Liberdade” foi instituído em Portugal no dia 25 de abril.

O ARTESANATO E A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Imaginámos, com a nossa criadora Joana, a andorinha “Liberdade” como uma homenagem à história de Portugal e aos nossos pais e avós que tiveram que sair do país para poder viver livremente. Este símbolo do cravo vermelho está muito ancorado na cultura portuguesa e é sinónimo de paz, liberdade e libertação para a população de língua portuguesa, seja em Portugal ou noutros locais do mundo. Todos os portugueses e luso-descendentes, e especialmente os da emigração, têm uma forte ligação com esta parte da história porque é a SUA história, o “porquê” que as suas gerações e os que os antecederam deixaram o seu país natal e agora vivem noutro país onde tiveram para ir para o exílio. O exílio foi para muitos portugueses a única resposta aos seus medos, à fome e, acima de tudo, a única forma de sobreviver e vislumbrar um futuro melhor. A nossa nova e exclusiva andorinha “Liberdade” relembra esta liberdade adquirida na paz e representa um pedaço da história de cada uma das nossas famílias.

25 DE ABRIL HOJE

Todos os anos, na véspera do 25 de Abril, em muitas localidades, são disparados fogos de artifício ao som da música Grândola, Vila Morena.

É também organizado um desfile ao longo da Avenida da Libebrdade, em Lisboa onde este acontecimento é recordado. Os lisboetas saíram à rua com um cravo vermelho nas mãos!

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